quarta-feira, agosto 31, 2011

Together

Um povão bom demais junto...



Tags: bb king; slash; simply red; mick hucknall; ron wood; derek trucks

Soneto – XC

Pensei morrer, senti de perto o frio,
E de quanto vivi só a ti deixava:
Tua boca era meu dia e minha noite terrestres
E tua pele a república fundada por meus beijos.

Nesse instante terminaram os livros,
A amizade, os tesouros sem trégua acumulados,
A casa transparente que tu e eu construímos:
Tudo deixou de ser, menos teus olhos.

Porque o amor, enquanto a vida nos acossa,
É simplesmente uma onda alta sobre as ondas,
Mas quando a morte vem tocar a porta

Há teu olhar apenas para tanto vazio,
Só tua claridade para não seguir sendo,
Só teu amor para fechar a sombra.

Pablo Neruda, Cem sonetos de Amor

Slash

Derek Trucks & Susan Tedeschi Band

Por sugestão do Luciano Araújo. Perfeito.


sábado, agosto 27, 2011

Get Back - Original Studio Version

Esse eu peguei emprestado do blog do meu primo-irmão Júnior Degani.



Tags: Beatles; Lennon; McCartney; Harrison; Star; GetBack

Jobs

O cara tem trabalho no nome. E isso, o trabalho, nunca foi dor para ele. Sempre foi diversão. Mas seu nome não poderia ser Steve Funs. Tinha de ser Steve Jobs mesmo, pois isso sempre foi seu motivador. Imaginação, criatividade, fazer coisas diferentes nas mais simples e óbvias.

Há uns anos, usei seu discurso em Stanford como base para um meu numa turma querida de Administração da ESAMC. Tempos depois, recebi retornos positivos de pessoas que estavam na platéia sobre o tema e que nem se lembravam que era eu quem tinha falado dele. Lembravam do tema de Steve Jobs, mas não de quem o citou. Ótimo. Essa era a ideia.

Agora, o cara sai da cena. Sai da Apple. só isso, na verdade. Steve Jobes sai da Apple para entrar na História, de onde ele sempre esteve desde que se fala em computadores, em integração de informações, em produtos de alto nível em todos os sentidos. Ugo Degani tem razão. Steve Jobs é o cara.






quinta-feira, agosto 25, 2011

domingo, agosto 21, 2011

Como te amo?

Como te amo? Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
e ao mais alto que a minha alma pode alcançar
buscando, para além do visível dos limites
do Ser e da Graça ideal.

Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;

Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.

Amo-te com um amor que me parecia perdido – quando
perdi os meus santos – amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!

E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.

Elizabeth Barrett Browning

Bibo No Aozora

Tema do filme Babel com Cate Blanchett, Brad Pitt e Gael Garcia Bernal. Direção de Alejandro González-Iñárritu.


quinta-feira, agosto 18, 2011

And You and I

Roundabout

Soon

A uma mulher amada

Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala… eu quase morro … eu tremo.

Safo

quinta-feira, agosto 04, 2011

Enrubescida

Daqui, do que vejo do céu
Dali, uma nesga de Lua
Assim vermelha
Quase sangue
Exangue
Virada pra cima
Pernas abertas
Lua rubra
Enrubescida de vontade

Daqui, do que vejo do quarto
Dali, no branco lençol
Assim espelha
Quase lida
Umedecida
Vidrada na sina
Páginas abertas
Rosa rubra
Enrubescida de verdade

Ryuichi Sakamoto - The Last Emperor

Ryuichi Sakamoto - Little Buddha

Ryuichi Sakamoto - Bibo No Aozora

Mulher Nua

Humana fonte bela,
repuxo de delícia entre as coisas,
terna, suave água redonda,
mulher nua: um dia,
deixarei de te ver,
e terás de ficar
sem estes assombrados olhos meus,
que completavam tua beleza plena,
com a insaciável plenitude do seu olhar?

(Estios; verdes frondas,
águas entre as flores,
luas alegres sobre o corpo,
calor e amor, mulher nua!)

Limite exacto da vida,
perfeito continente,
harmonia formada, único fim,
definição real da beleza,
mulher nua: um dia,
quebrar-se-á a minha linha de homem,
terei que difundir-me
na natureza abstracta;
não serei nada para ti,
árvore universal de folhas perenes,
concreta eternidade!

Juan Ramón Jiménez

quarta-feira, agosto 03, 2011