quarta-feira, dezembro 30, 2009

And in the end

É fim ou não? É começo de um sim? Ou é apenas o verão? Acabar um ano nos faz novos? Perdemos um ano ou o ganhamos?

Não importam as questões. Assim, coloco aqui, neste fim de ano, os últimos versos do último álbum dos Beatles. Não é pelo fato de terem sido os últimos, mas pela verdade que eles encerram.

And in the end,
The love you take
Is equal to
The love you make.

E no final,
O amor que você recebe
É igual ao
Amor que você dá.





terça-feira, dezembro 29, 2009

Photoshopadas

As coisas ficaram complicadas depois do Photoshop... Eu não acredito em mais nada! Ver para crer não funciona mais...

O bichodegoiaba.com.br fez uma lista com As 25 photoshopadas mais ridículas de 2009.

A do “cofrinho” é ótima!...

Estante

O Renato Bontempo, que além de tantas outras coisas, é um colega da ESAMC, me indicou este site sobre livros, o Skoob (na hora, me lembrei daquele cachorrão dos desenhos na tv). A gente se cadastra e cria a própria estante virtual. Ainda não achei a real serventia disso, mas foi legal relembrar alguns livros que li e olhar ali na estante (real) e perceber que preciso dar um jeito nela e arrumar aquela bagunça.



Mando Diao

A Suécia não faz só ABBA. Faz Mando Diao também. Mando Diao... Com esse nome, poderia ser tudo, menos uma banda de rock. Mas os caras mandam bem e a música que eles fazem é gostosa de se ouvir, de balançar as pernas, de batucar com a sola do pé. Tem algumas softs, por assim dizer e os caras afirmam que se inspiram nos Beatles. E quem não?
Não vou arriscar aqui escrever o nome de nenhum deles, até porque nem sei colocar aqueles acentos ortográficos estranhos. Deixo apenas estes vídeos pra ouvir um pouco do som desses suecos.










Receita de Ano Novo, por Drummond

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
Cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
Para você ganhar um ano
Não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
Mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
Novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
Novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
Mas com ele se come, se passeia,
Se ama, se compreende, se trabalha,
Você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
Não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas
Nem parvamente acreditar
Que por decreto da esperança
A partir de janeiro as coisas mudem
E seja tudo claridade, recompensa,
Justiça entre os homens e as nações,
Liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
Direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
Você, meu caro, tem de merecê-lo,
Tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
Mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
Cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade




sexta-feira, dezembro 25, 2009

Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes



terça-feira, dezembro 22, 2009

Novo endereço

Com a ideia e a ajuda preciosa do Otávio Piazzi, a partir de hoje o domínio www.paulodegani.com passa a ser o meu novo endereço. E é só ele que muda. Pelo menos por enquanto. Provavelmente, alguma outra coisa vai mudar. Tem coisas que ficarão assim, como são. Outras não. Tem coisas que não vão querer sair do lugar. Outras vão. Tem coisas que não são fáceis de mudar. Outras são. Tem coisas que o mundo quer manter, mas elas mudarão.


domingo, dezembro 13, 2009

sábado, dezembro 05, 2009

Cause it's not too late



Jeff Buckley

Looking out the door I see the rain fall upon the
funeral mourners

Parading in a wake of sad relations as their shoes
fill up with water

And maybe I'm too young
To keep good love from going wrong
But tonight you're on my mind so (you'll never know)

I'm broken down and hungry for your love
With no way to feed it
Where are you tonight? Child, you know how much I
need
it
Too young to hold on and too old to just break free
and run

Sometimes a man gets carried away
When he feels like he should be having his fun
And much too blind to see the damage he's done
Sometimes a man must awake to find that, really,
He has no one...

So I'll wait for you... And I'll burn
Will I ever see your sweet return, oh, or will I ever
learn
Lover, you should've come over
Cause it's not too late

Lonely is the room the bed is made
The open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he
had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never
come
It's never over, my kingdom for a kiss upon her
shoulder
It's never over, all my riches for her smiles when I
sleep so soft against her...
It's never over, all my blood for the sweetness of
her
laughter
It's never over, she is the tear that hangs inside my
soul forever
Maybe I'm too young to keep good love from going
wrong
Oh... Lover, you should've come over... 'Cause it's
not too late...



Amor, você deveria ter vindo para cá

Olhando pela porta vejo a chuva que cai nos
pranteadores do funeral

Desfilando em uma vigília de relações tristes enquanto
seus sapatos se enchem de água

E talvez eu seja muito novo
Para impedir que um bom amor dê errado
Mas esta noite você esta em meus pensamentos então,
nunca se sabe.

Estou completamente quebrado e faminto por seu amor
Sem nenhuma maneira sequer para alimentar-me
Onde está você esta noite? Querida, você sabe o quanto
eu preciso
Jovem demais para segurar a barra e velho demais para
simplesmente me libertar e correr

Às vezes um homem se deixa levar
Quando ele sente que na verdade ele deveria estar se
divertindo
E cego demais para ver o dano que causou
Às vezes um homem deve acordar para descobrir que, na
verdade, ele tem ninguém

Então eu vou esperar por você...E eu vou queimar
Será que vou assistir ao seu doce retorno, ou será que
um dia vou aprender?
Amor, você deveria ter vindo para cá.
Porque não é tarde demais!

Solitário é o quarto em que a cama é feita
A janela aberta deixa a chuva entrar
Queimando no canto está o único que sonha que já teve
você com ele
Meu corpo vira e anseia por um descanso que nunca
virá

Nunca tem fim, meu reino por um beijo em seu ombro!
Nunca tem fim, todas as minhas riquezas pelos seus
sorrisos dados quando eu dormia tão gentilmente contra
a ela!
Nunca tem fim, todo o meu sangue pela doçura de seus
risos!
Nunca tem fim, ela é a lágrima que se pendura dentro
de minha alma para sempre!
Talvez eu seja jovem demais para impedir que um bom
amor dê errado.

Amor, você deveria ter vindo para cá.
Porque não é tarde demais!



domingo, novembro 29, 2009

Kings of Leon

Essa coisa de bandas formadas por irmãos é antiga. Daria pra fazer uma lista aqui, sem dizer que alguns posts atrás comentei sobre o Tokio Hotel, outra banda fraternal. O Oasis parece que não vai mais se aguentar, pois a dupla encrenqueira de irmãos também não se atura mais. Trios de irmãos normalmente são difíceis de se aguentar, muito mais que duplas. Pra eles e pra gente que escuta algumas dessas coisas estranhas geradas por trios assim. Da Austrália aos EUA, passando pelas letrinhas aqui do Brasil, trios de irmãos são difíceis mesmo.

Mas estes três irmãos Followill ainda trouxeram um primo pra seguir tocando rock depois de tantas experiências religiosas que lhe foram jogadas sobre suas cabeças pelo pai, o velho Leon Followil, pastor de uma igreja pentecostal. Eles quiseram manter o pai ― e o avô ― ligados à banda e o Kings of Leon saiu tocando um rock do bom, segundo os próprios caras, influenciado por The Clash, Rolling Stones e Thin Lizzy.

Essa família já está na estrada há dez anos e se continuarem a se aguentar uns aos outros, tem muita coisa boa que pode ainda surgir.








sábado, novembro 28, 2009

Quando

Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.

O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.

Fernando Pessoa

Indo embora

Há pouco mais de dois anos e meio falei aqui de uma banda de duas duplas de irmãos que trazia um espírito de anos 60 e de todas aquelas coisas boas que eu e o meu primo Júnior Degani gostaríamos de ter vivido. Hoje ele me mostrou esse vídeo deles com essa música maravilhosa dos Beatles, dizendo que é uma das razões para que ele não ouça música sertaneja. Meu irmão, que viveu os anos 60, diz que não ouve também porque não dá tempo, há músicas demais na fila pra ele escutar primeiro, como esta que o John e o Paul acertaram tão bem.

Essa música sempre me trouxe uma sensação estranha, ainda quando eu era adolescente. Ela diz que uma garota sai de casa, apesar de ter tudo que seus pais pudessem lhe dar. Naquela época, eu pensava que nunca teria coragem de fazer o que ela fez. Nunca saí de casa assim. A letra da música não diz nada além, mas hoje percebo que quebras muitas vezes são benéficas. Ela saiu de casa e não sabemos se realizou seus sonhos. A certeza é apenas que ela o fez por si própria e só isso já seria motivo pra torná-la melhor.



She' s Leaving Home
(Lennon&McCartney)

Wednesday morning at five o'clock as the day begings
Silently closing her bedroom door
Leaving the note that she hoped would say more
She goes downstairs to the kitchen clutching her handkerchief
Quietly turning the backdoor key
Stepping outside she is free.
She (We gave her most of our lives)
is leaving (Sacraficed most of our lives)
home (We gave her everything money could buy)
She's leaving home after living alone
For so many years. Bye, bye
Father snores as his wife gets into her dressing gown
Picks up the letter that's lying there
Standing alone at the top of the stairs
She breaks down and cries to her husband
Daddy our baby's gone.
Why would she treat us so thoughtlessly
How could she do this to me.
She (We never thought of ourselves)
Is leaving (Never a thought for ourselves)
home (We struggled hard all our lives to get by)
She's leaving home after living alone
For so many years. Bye, bye
Friday morning at nine o'clock she is far away
Waiting to keep the appointment she made
Meeting a man from the motor trade.
She (What did we do that was wrong)
Is having (We didn't know it was wrong)
Fun (Fun is the one thing that money can't buy)
Something inside that was always denied
For so many years.
She is leaving home. Bye, Bye.


[Desculpe a pobre versão...)

Cinco da manhã de uma Quarta e o dia começa
Fechando a porta de seu quarto em silêncio
Ela desce até a cozinha segurando seu lenço
Devagar ela gira a chave da porta dos fundos
Um degrau e ela está livre

Ela (Nós demos a ela o melhor de nossas vidas)
Está saindo (Sacrificamos nossas vidas)
De casa (Nós demos a ela tudo o que o dinheiro podia comprar)

Ela está saindo de casa depois de viver sozinha
Por tantos anos
O pai ainda ronca enquanto a mãe veste seu roupão
Pega a carta que ela deixou ali
Sozinha no alto da escada
Ela cai em si e grita para o marido:
Paizinho, nossa menininha se foi!
Por que ela nos trataria assim, sem pensar?
Por que ela faria isso comigo?

Ela (Nós nunca pensamos em nós mesmos)
Está saindo (Nunca um pensamento para nós)
De casa (Demos duro em toda a vida para vencer)

Ela está saindo de casa depois de viver sozinha
Por tantos anos
Nove da manhã de uma Sexta e ela está longe
Esperando manter o compromisso que ela fez
Pegando carona com alguém pra lhe levar embora

Ela (O que nós fizemos de errado?)
Está (Não sabíamos se havia algo de errado)
Se divertindo (Diversão é a única coisa que o dinheiro não pode comprar)

Havia algo em seu interior que sempre foi negado
Por tantos anos

Ela está indo embora
Bye, bye...


sexta-feira, novembro 27, 2009

terça-feira, novembro 24, 2009

Assombros

Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.

Entre a aorta e a omoplata rolam
alquebrados sentimentos.

Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.

Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
em permanente assombro.


Affonso Romano de Sant’Anna



domingo, novembro 22, 2009

Tudo isso é assim mesmo?

O que é mais importante? Ser uma oncologista que procura chances de curar alguns tipos de câncer ou uma prostituta chique que atende apenas em tardes quentes e sensuais? Um Eisntein socado num laboratório ou uma Catherine Deneuve em algo como mostrado no filme Belle de Jour?

Num mundo capitalista, às vezes temos que retirar alguns protótipos de comportamento de nossas mentes. As coisas não são como a gente pensa que são. Não dá pra censurar, não dá pra condenar, não dá pra tampar os olhos. O mundo capitalista quer coisas. Resta decidir o que a gente quer entregar a ele. Veja o link.




sexta-feira, novembro 20, 2009

Alta, assim

No fim de tarde
Depois da chuva
Um céu de âmbar
Salta assim
Aos olhos
À alma

No fim de tarde
Depois de tudo
Um sol bem tímido
Falta assim
Aos olhos
Acalma

No fim, bem tarde
Depois de tudo
Um véu diz tudo
Alta, assim
É a alma


Ela é maravilhosa...

... e por isso reaparece depois de tanto tempo. Se você não viu nesse blog este vídeo, veja agora. Se você não ouviu ainda essa música, ouça agora.

O que você não fez hoje, não fará amanhã. Perdeu. Se foi. É assim. Fazer o que? Fazer hoje, ora!... Ouvir hoje, ver hoje, ser hoje. Viver hoje. Porque se você parar pra pensar, não haverá amanhã.







terça-feira, novembro 17, 2009

O amor eterno

Dante se enganou: Paolo e Francesca
Continuariam bem juntinhos no Inferno, com pecado e tudo
Juntinhos e felizes!
Mas quem sabe se não seria este mesmo o castigo divino?
Um amor que jamais pudesse terminar…

Mario Quintana



sábado, novembro 14, 2009

Cafuné

Quem não gosta?...

Sob o chuveiro amar

Sob o chuveiro amar, sabão e beijos,
ou na banheira amar, de água vestidos,
amor escorregante, foge, prende-se,
torna a fugir, água nos olhos, bocas,
dança, navegação, mergulho, chuva,
essa espuma nos ventres, a brancura
triangular do sexo — é água, esperma,
é amor se esvaindo, ou nos tornamos fontes?

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, novembro 13, 2009

Vera Cruz

Vera Cruz era o nome do Brasil antes que descobrissem esse pau aqui. Vera Cruz é um nome bonito. Acho que o Milton sabe o que Vera Cruz quer dizer. Gente que nem é daqui também sabe.





quinta-feira, novembro 12, 2009

Solidão

A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
De planícies distantes e remotas
Sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
Quando todas as vielas se voltam para a manhã
E quando os corpos, que nada encontraram,
Desiludidos e tristes se separam;
E quando aqueles que se odeiam
Têm de dormir juntos na mesma cama:

Então, a solidão vai com os rios…

Rainer Maria Rilke



domingo, novembro 08, 2009

Sutilmente



E quando eu estiver
Triste
Simplesmente
Me abrace
E quando eu estiver
Louco
Subitamente
Se afaste
E quando eu estiver
Fogo
Suavemente
Se encaixe...

E quando eu estiver
Triste
Simplesmente
Me abrace
E quando eu estiver
Louco
Subitamente
Se afaste
E quando eu estiver
Bobo
Sutilmente
Disfarce...

Mas quando eu estiver
Morto
Suplico que não me mate não
Dentro de ti
Dentro de ti...

Mesmo que o mundo
Acabe enfim
Dentro de tudo
Que cabe em ti



sábado, novembro 07, 2009

Você me faz tão bem



Quando eu me perco é quando eu te encontro
Quando eu me solto seus olhos me vêem
Quando eu me iludo é quando eu te esqueço
Quando eu te tenho eu me sinto tão bem

Você me fez sentir de novo o que eu
Já não me importava mais
Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem


Quando eu te invado de silêncio
Você conforta a minha dor com atenção
E quando eu durmo no seu colo
Você me faz sentir de novo
O que eu já não sentia mais

Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Não tenha medo
Não tenha medo desse amor
Não faz sentido
Não faz sentido não mudar
Esse amor

Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

terça-feira, novembro 03, 2009

Tokio Hotel

Banda com vocalista de visual andrógino já apareceram muitas. Banda alemã cantando em inglês também. Banda com nome “nada a ver”, idem. Banda que faz legiões de seguidores então, nem se fala...
Mas o que o Tokio Hotel tem de diferente então? Pelo que eu sei, tem de diferente uma dupla de irmãos gêmeos univitelinos que dividem vocais e guitarra (se souberem de outra banda assim, comentem aqui). Mas eles também cantam em alemão e não fica esquisito. Não soa como treinamento de cães. Os primeiros álbuns deles tinham um tom mais pra melódico, mas o mais recente, Humanoid tem uma veia mais rock. Mas dá pra perceber que eles ouviram punk, metal, David Bowie e Metallica. É a molecada alemã também mostrando a que veio.





sábado, outubro 31, 2009

Eu sou um homem fechado

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos…

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita…
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mário Quintana

sexta-feira, outubro 30, 2009

Entre os teus lábios

Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

Eugénio de Andrade


quinta-feira, outubro 29, 2009

Noite do prazer



A noite vai ser boa
De tudo vai rolar
De certo que as pessoas
Querem se conhecer
Se olham e se beijam
Numa festa genial

Na madrugada a vitrola rolando um blues
Tocando B. B. King sem parar
Sinto por dentro uma força vibrando uma luz
A energia que emana de todo prazer

Prazer em estar contigo
Um brinde ao destino
Será que o meu signo
Tem a ver com o seu?
Vem ficar comigo
Depois que a festa acabar

Na madrugada a vitrola rolando um blues
Tocando B. B. King sem parar
Sinto por dentro uma força vibrando uma luz
A energia que emana de todo prazer

Na madrugada a vitrola rolando um blues
Tocando B. B. King sem parar
Eu sinto por dentro uma força vibrando uma luz
A energia que emana de todo prazer

terça-feira, outubro 27, 2009

Desejo a você

Desejo a você fruto do mato,
cheiro de jardim, namoro no portão,
domingo sem chuva, segunda sem mau humor,
sábado com seu amor, filme de Carlitos,
chope com os amigos, crônica de Rubem Braga,
viver sem inimigos, filme antigo na tv,
ter uma pessoa especial, e que ela goste de você,
música de Tom com letra de Chico, frango caipira em pensão no interior,
ouvir uma palavra agradável, ter uma surpresa agradável,
ver a banda passar, noite de lua cheia,
rever uma velha amizade, te fé em Deus,
não ter que ouvir a palavra “não”,
nem nunca, nem jamais adeus.

Rir como criança, ouvir canto de passarinho,
sarar de resfriado, escrever um poema de amor que nunca será rasgado,
formar um par ideal, tomar banho de cachoeira,
pegar um bronzeado legal, aprender uma nova canção,
esperar alguém na estação, queijo com goiabada,
pôr de sol na roça, uma festa, um violão, uma seresta,
recordar um amor antigo, ter um ombro sempre amigo,
bater palmas de alegria, uma tarde amena,
calçar um velho chinelo, sentar numa velha poltrona,
ouvir a chuva no telhado, vinho branco, Bolero de Ravel . . .
e muito carinho meu !!!


Carlos Drummond de Andrade

domingo, outubro 25, 2009

Sonhe com aquilo que você quiser

Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

Clarice Lispector

Big Fish, Dr. Laerte e outras histórias


Meu pai gostava muito de pescar e muitas vezes ele ia ao rio Tejuco, na fazenda do Dr. Laerte, que foi um médico de Uberlândia que acabou virando nome de rua no bairro Santa Mônica. Muito mais que rua, o nome dele virou lenda de um exímio contador de histórias. Na verdade, de um contador de mentiras, assim era o que diziam... Meu pai contava muitos desses “causos”. Alguns como o do relógio de pulso, daqueles de dar corda, que ficou pendurado num galho que o vento se incumbiu de balançar e fazer com que um outro galho lhe fizesse rodar a pecinha que dava corda e o fazia funcionar. Quando o Dr. Laerte voltou ao lugar, o relógio marcava as horas pontualmente!...

Muitos anos depois de meu pai ter ido embora, assisti o filme Big Fish, do Tim Burton. Este cineasta sempre foi um cara fora do padrão e suas histórias, seus filmes, sempre deixaram claro o quanto ele sabe contar histórias. No filme, um pai ausente vive a contar histórias, mais para mentiras, como as do Dr. Laerte. Um pai que conta histórias para um filho, que muitas vezes não tem paciência para ouvi-las. As histórias do Tim Burton, do Edward Bloom, do Dr. Laerte, do “seu” Adelmo, todas elas se entrelaçam quando vejo este filme. Também me coloco no lugar do filho, ao me lembrar quantas vezes tive impaciência de escutar pela enésima vez uma história que meu pai repetia. Como no filme, eu pensava que poderia repeti-la da mesma maneira que ele. Hoje sei que nunca conseguiria.

A grande beleza do filme é a capacidade do Tim Burton em captar essas coisas que todos nós trazemos na lembrança, que nos remetem a alguma história de um pai, de uma mãe, de lembranças da família e que já não existem mais. A cena das pipocas é um exemplo de como há momentos em nossas vidas que ficam tão marcados que deveriam mesmo ter sido paralisados como mostrado na cena. E como no final do filme, muitas vezes o mais importante não é se certificar da autenticidade das narrativas, mas de sim da poesia que elas contêm. Assim, como no filme, muitas vezes, a poesia de uma narrativa é muito mais importante e tem muito mais valor que uma realidade triste, entubada e afundada numa cama de hospital. A vida só se torna bela se narrada com poesia.






quinta-feira, outubro 22, 2009

Love without talking

Há muito venho pedindo coisas emprestadas ao Lobístico, que mora além mar, na Velha Terrinha. Mais uma vez faço isso e concordo com ele. São doze minutos gostosos de passar.




Querer

Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.
Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

Pablo Neruda

terça-feira, outubro 20, 2009

Doido

Tem doido pra tudo...


domingo, outubro 18, 2009

And I Love Her

Algumas músicas ultrapassam o universo em que foram criadas. Deixam de ser apenas uma sequência de notas e palavras misturadas de maneira sublime pra se tornarem orações de devotos das coisas lindas e eternas. Essa é uma delas.



I give her all my love,
That's all I do;
And if you saw my love
You'd love her too,
I love her.

She gives me everything,
And tenderly;
The kiss my lover brings
She brings to me,
And I love her.

A love like ours
Could never die
As long as
I have you near me.

Bright are the stars that shine,
Dark is the sky;
I know this love of mine
Will never die,
And I love her.

Bright are the stars that shine,
Dark is the sky;
I know this love of mine
Will never die,
And I love her.


Eu dou a ela todo o meu amor
É tudo o que eu faço
E se você visse meu amor
Você a amaria também
E eu a amo

Ela me dá tudo
E com ternura
O beijo que meu amor traz
Ela traz pra mim
E eu a amo

Um amor como o nosso
Nunca poderia morrer
Contanto que eu tenha você perto de mim

Brilhante como as estrelas
Escuro é o céu
Eu sei que esse amor é meu
Nunca morrerá
E eu a amo

sexta-feira, outubro 16, 2009

Nuvens de algodão

Nuvens de algodão
Sempre vêm e vão
Mas nos olhos ficarão

Azuis e cinzas lá no céu
Os olhos cobrirão
Assim como um grande véu
Assim como uma grande mão

Dedos imensos de um Deus
Roçam a cabeça, os cabelos
Receios seus, medos meus
Não passam de simples desvelos

Olhos que virão
Sempre estarão
Em nuvens, no coração

quinta-feira, outubro 15, 2009

Pianoescada

Afinal de contas, ninguém deixa de ser criança, ninguém perde o gosto de brincar...






Essa foi uma dica do Ugo.

Chagall

Moishe Zakharovich Shagalov ou simplesmente Marc Chagall foi um pintor russo que viveu em Paris por muitos anos e por lá acabou deixando sua marca. Marca cheia de cores e surrealismos lindos.
Quem estiver no Rio até 6 de Dezembro tem que ir ver a exposição de algumas de suas obras no Museu Nacional de Belas Artes. Quem estiver lá perto também.





segunda-feira, outubro 12, 2009

segunda-feira, outubro 05, 2009

O que dormiu e o que ficou acordado

Os investidores de ações em bolsas tiveram muitos percalços neste último ano. Muita coisa mudou, muitas instituições financeiras evaporaram, muita gente perdeu o dinheiro que tinha e o que não tinha.

Mas se alguém estivesse entrado em coma em Setembro de 2008, ou pra ser menos catastrófico, apenas dormido e acordado agora teria uma reação interessante. Daniele Camba é repórter de investimentos do jornal Valor Econômico e fez essa descrição abaixo, que retrata bem o ambiente de recuperação dos mercados que o mundo vem passando. Eu já não sou um entendido deste mercado de ações e investimentos e não entendo como tudo acontece, mas parece que nem quem entende, entende mesmo.

(...)
Perplexo com o tamanho e a rapidez da recuperação dos mercados, o gestor de recursos descreve como seria o diálogo entre o investidor A, que dormiu um dia antes da quebra do Lehman Brothers e só acordou agora, e o investidor B, que ficou bem acordado durante esse tempo todo. "Nossa, deixei o meu dinheiro na bolsa desde setembro de 2008 e rendeu bem, ótimo", diz o investidor A. "É, mas as ações chegaram a cair muito pois o mundo passou pela maior crise desde o crash de 1929", explica o investidor B. "Meu Deus, se a crise foi tão profunda, por que os papéis já se recuperaram tanto?", indaga o investidor A. "Bom, essa sua pergunta tem fundamento, mas a resposta eu não tenho para te dar e acho que ninguém também terá", completa o investidor B.

domingo, outubro 04, 2009

Stereophonics

O Reino Unido sempre produziu bandas interessantes e acho que sempre produzirá. O Stereophonics é do País de Gales e seu som gruda na mente, como este hit aí, Dakota. A banda tem até um baterista argentino...
Eu já conhecia a interpretação dos caras pra Don't let me down dos Beatles e o Kelly Jones manda bem num vocal que remete bem ao espírito da música. Seguem as duas peças.





quarta-feira, setembro 30, 2009

sábado, setembro 26, 2009

Não me deixe só



Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os lábios mudem de cor

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero do amor

Fique mais, que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem

Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem mas

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz


sexta-feira, setembro 25, 2009

Nothing's gonna change my world

Há períodos em nossas vidas que nunca esqueceremos. E quando isso acontece por momentos positivos é como se aquilo realmente significasse o real sentido da vida. Muitas vezes dizemos que foram momentos de sorte, pois geralmente eles vêm como que por vida própria. Esses momentos serão inesquecíveis e sempre e sempre trarão a saudade e a vontade de voltar no tempo para poder revivê-los com maior capacidade de sorvê-los, agora com mais maturidade e sabedoria.

Em 1967, Lizzie Bravo tinha quinze anos e ganhou dos pais uma viagem a Londres e lá ficou com a determinação de viver o ambiente e o ar dos Beatles. Teve a oportunidade de viver momentos assim, principalmente porque naquela época, chegar perto de caras como aqueles quatro ainda era algo plausível. E ela chegou. E muito mais que isso, ela gravou sua voz em “Across the universe”, dividindo o microfone com “apenas” John Lennon e Paul McCartney. Só isso.

Ligia Nogueira, do G1, conta um pouco da história dessa então garota que realizou o sonho que eu, meu irmão e principalmente meu primo Júnior Degani sempre tivemos. O Júnior me indicou a reportagem da Ligia dizendo o quanto essa é uma garota de sorte. Lizzie realmente é uma mulher de sorte por ter tido essa oportunidade única e deve manter em seu coração esses momentos lindos que fazem de sua vida uma história especial.




quinta-feira, setembro 24, 2009

De aldeia em aldeia

Outro dia o Tribunal de Justiça do Paraná manteve uma liminar determinando que a empresa Cadari Tecnologia indisponibilize o software K-Lite Nitro até que se criem filtros que o impeçam de copiar gravações protegidas. É apenas mais um caso dessa luta de grupos que se mantêm agarrados a um modelo de comércio contra outros grupos que pensam em outra maneira de ficar por aqui. Há alguns meses o Pirate Bay teve que enfrentar os tribunais na Suécia com a mesma pendenga. Afinal de contas, vamos continuar comprando músicas ou não?

Na Idade Média os precurssores dos músicos atuais ganhavam a vida perambulando de aldeia em aldeia levando sua arte. Não havia CDs na época e nem a indústria por trás deles. Apenas no início do século XX surgiram os primeiros modelos de gravações com tubos metálicos que evoluíram para discos de cera até chegarem nos vinis. Já estava montada a indústria fonográfica. Como o CD popularizado, com a internet bombando, passar para o mp3 foi um pulo. Pronto. Fazer um download virou modelo de compartilhamento da arte. Uma forma absolutamente eficaz de disseminar a arte. De graça.

Pronto. Estamos de volta aos conceitos que levavam os precurssores dos músicos atuais a buscar seu sustento. A História sempre deu dessas voltas e tudo tem que ser reinventado. Tem gente que não consegue perceber isso. Outros captam imediatamente. Radiohead captou. E o Paramore também e acaba de disponibilizar seu novo álbum "Brand New Eyes" na íntegra na internet. Seu terceiro trabalho de estúdio está no MySpace para quem quiser ouvir.

Mas e aí? Como a Hayley Williams vai arrumar grana pra se manter? Parece que o Paramore terá que continuar perambulando de aldeia em aldeia levando sua arte. E assim, se aproximará de quem gosta deles. Agora é assim.




terça-feira, setembro 22, 2009

Distante

As coisas que não podemos tocar
Guardam em si a beleza do olhar distante
Mas as coisas que não podemos tocar

Se expressam sempre assim
Belas
Afastadas

Cheias de sombras e luzes
Se mostram, se escondem
Nos atraem ao seu encontro

As coisas que nem podemos olhar
Guardam em si a certeza do toque ausente
Que um dia lá estará



Kandinsky - 2

sábado, setembro 19, 2009

GPS

Todos nós por muitas vezes nos sentimos perdidos. Tem horas que não sabemos pra onde. É o "oncotô, proncovô" dos mineiros. Mas é bom não exagerar...



sexta-feira, setembro 18, 2009

Sem título

Se de repente
Pinta um sim,
Pinta um Chaplin
A nanquim
No caderno de latim,
Que não existe mais.

terça-feira, setembro 15, 2009

Hai kai 17

On Off

Entre um livro de Leon
E um letreiro de neon
Si pierde mi corazón.
Off on off on off on


domingo, setembro 13, 2009

sexta-feira, setembro 11, 2009

terça-feira, setembro 08, 2009

The Kooks

Brighton fica ali pertinho de Londres e vai ver que isso exerce influência. Foi lá que esses carinhas aí surgiram em 2004 e vêm tocando esse tal de indie rock. Mas basta dizer que é rock. Os moleques não vieram passear. É muito gostoso de escutar e sentir as vibrações a percorrer o corpo. Ouçam alto.





segunda-feira, setembro 07, 2009

Luz da Lua

A luz da Lua
Veio me contar
Que a vida vive em algum lugar
Que é algo mais
Do que só viver

A luz da Lua
Veio me dizer
Que há vida viva em sempre querer
Um pouco mais
Do céu e do mar

Mar em Luz
Dias de Sol
Vem e traduz
Que o tempo passado
Que o tempo perdido
Só teria sido
Se não houvesse
O dia de hoje
O fato do encontro
Do Sol e da Lua

Mar e Luz
Dia é Sol
Desde o arrebol
Até o anoitecer
E quando acontecer
Vai fazer sentido
Para que houvesse
No dia de hoje
De fato o encontro
Do Sol e da Lua

A luz da Lua
Veio me falar
Que a vida é viva e sempre será
Muito, muito mais
Do que durará



domingo, setembro 06, 2009

Love Reign O'er Me




Only love
Can make it rain
The way the beach is kissed by the sea
Only love
Can make it rain
Like the sweat of lovers
Laying in the fields.

Love, Reign o'er me
Love, Reign o'er me, rain on me

Only love
Can bring the rain
That makes you yearn to the sky
Only love
Can bring the rain
That falls like tears from on high

Love Reign O'er me

On the dry and dusty road
The nights we spend apart alone
I need to get back home to cool cool rain
I can't sleep and I lay and I think
The night is hot and black as ink
Oh God, I need a drink of cool cool rain



Apenas o amor
Pode fazer chover
Do modo que a praia é beijada pelo mar
Apenas o amor
Pode fazer chover
Como a transpiração dos amantes
Posto nos campos.

Amor, reine sobre mim
Amor, reine sobre mim, chova sobre mim

Apenas o amor
Pode trazer a chuva
Que faz você desejar o céu
Apenas o amor
Pode trazer a chuva
Que cai como lágrimas lá do alto

Amor, reine sobre mim

Na árida e empoeirada estrada
As noites que passamos sós
Eu preciso voltar para casa, para a fresca fresca chuva
Não sou capaz de dormir então me deito e penso
A noite é quente e negra como tinta
Ó Deus, eu preciso de uma dose da fresca fresca chuva