quarta-feira, setembro 30, 2009

sábado, setembro 26, 2009

Não me deixe só



Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os lábios mudem de cor

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero do amor

Fique mais, que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem

Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem mas

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz


sexta-feira, setembro 25, 2009

Nothing's gonna change my world

Há períodos em nossas vidas que nunca esqueceremos. E quando isso acontece por momentos positivos é como se aquilo realmente significasse o real sentido da vida. Muitas vezes dizemos que foram momentos de sorte, pois geralmente eles vêm como que por vida própria. Esses momentos serão inesquecíveis e sempre e sempre trarão a saudade e a vontade de voltar no tempo para poder revivê-los com maior capacidade de sorvê-los, agora com mais maturidade e sabedoria.

Em 1967, Lizzie Bravo tinha quinze anos e ganhou dos pais uma viagem a Londres e lá ficou com a determinação de viver o ambiente e o ar dos Beatles. Teve a oportunidade de viver momentos assim, principalmente porque naquela época, chegar perto de caras como aqueles quatro ainda era algo plausível. E ela chegou. E muito mais que isso, ela gravou sua voz em “Across the universe”, dividindo o microfone com “apenas” John Lennon e Paul McCartney. Só isso.

Ligia Nogueira, do G1, conta um pouco da história dessa então garota que realizou o sonho que eu, meu irmão e principalmente meu primo Júnior Degani sempre tivemos. O Júnior me indicou a reportagem da Ligia dizendo o quanto essa é uma garota de sorte. Lizzie realmente é uma mulher de sorte por ter tido essa oportunidade única e deve manter em seu coração esses momentos lindos que fazem de sua vida uma história especial.




quinta-feira, setembro 24, 2009

De aldeia em aldeia

Outro dia o Tribunal de Justiça do Paraná manteve uma liminar determinando que a empresa Cadari Tecnologia indisponibilize o software K-Lite Nitro até que se criem filtros que o impeçam de copiar gravações protegidas. É apenas mais um caso dessa luta de grupos que se mantêm agarrados a um modelo de comércio contra outros grupos que pensam em outra maneira de ficar por aqui. Há alguns meses o Pirate Bay teve que enfrentar os tribunais na Suécia com a mesma pendenga. Afinal de contas, vamos continuar comprando músicas ou não?

Na Idade Média os precurssores dos músicos atuais ganhavam a vida perambulando de aldeia em aldeia levando sua arte. Não havia CDs na época e nem a indústria por trás deles. Apenas no início do século XX surgiram os primeiros modelos de gravações com tubos metálicos que evoluíram para discos de cera até chegarem nos vinis. Já estava montada a indústria fonográfica. Como o CD popularizado, com a internet bombando, passar para o mp3 foi um pulo. Pronto. Fazer um download virou modelo de compartilhamento da arte. Uma forma absolutamente eficaz de disseminar a arte. De graça.

Pronto. Estamos de volta aos conceitos que levavam os precurssores dos músicos atuais a buscar seu sustento. A História sempre deu dessas voltas e tudo tem que ser reinventado. Tem gente que não consegue perceber isso. Outros captam imediatamente. Radiohead captou. E o Paramore também e acaba de disponibilizar seu novo álbum "Brand New Eyes" na íntegra na internet. Seu terceiro trabalho de estúdio está no MySpace para quem quiser ouvir.

Mas e aí? Como a Hayley Williams vai arrumar grana pra se manter? Parece que o Paramore terá que continuar perambulando de aldeia em aldeia levando sua arte. E assim, se aproximará de quem gosta deles. Agora é assim.




terça-feira, setembro 22, 2009

Distante

As coisas que não podemos tocar
Guardam em si a beleza do olhar distante
Mas as coisas que não podemos tocar

Se expressam sempre assim
Belas
Afastadas

Cheias de sombras e luzes
Se mostram, se escondem
Nos atraem ao seu encontro

As coisas que nem podemos olhar
Guardam em si a certeza do toque ausente
Que um dia lá estará



Kandinsky - 2

sábado, setembro 19, 2009

GPS

Todos nós por muitas vezes nos sentimos perdidos. Tem horas que não sabemos pra onde. É o "oncotô, proncovô" dos mineiros. Mas é bom não exagerar...



sexta-feira, setembro 18, 2009

Sem título

Se de repente
Pinta um sim,
Pinta um Chaplin
A nanquim
No caderno de latim,
Que não existe mais.

terça-feira, setembro 15, 2009

Hai kai 17

On Off

Entre um livro de Leon
E um letreiro de neon
Si pierde mi corazón.
Off on off on off on


domingo, setembro 13, 2009

sexta-feira, setembro 11, 2009

terça-feira, setembro 08, 2009

The Kooks

Brighton fica ali pertinho de Londres e vai ver que isso exerce influência. Foi lá que esses carinhas aí surgiram em 2004 e vêm tocando esse tal de indie rock. Mas basta dizer que é rock. Os moleques não vieram passear. É muito gostoso de escutar e sentir as vibrações a percorrer o corpo. Ouçam alto.





segunda-feira, setembro 07, 2009

Luz da Lua

A luz da Lua
Veio me contar
Que a vida vive em algum lugar
Que é algo mais
Do que só viver

A luz da Lua
Veio me dizer
Que há vida viva em sempre querer
Um pouco mais
Do céu e do mar

Mar em Luz
Dias de Sol
Vem e traduz
Que o tempo passado
Que o tempo perdido
Só teria sido
Se não houvesse
O dia de hoje
O fato do encontro
Do Sol e da Lua

Mar e Luz
Dia é Sol
Desde o arrebol
Até o anoitecer
E quando acontecer
Vai fazer sentido
Para que houvesse
No dia de hoje
De fato o encontro
Do Sol e da Lua

A luz da Lua
Veio me falar
Que a vida é viva e sempre será
Muito, muito mais
Do que durará



domingo, setembro 06, 2009

Love Reign O'er Me




Only love
Can make it rain
The way the beach is kissed by the sea
Only love
Can make it rain
Like the sweat of lovers
Laying in the fields.

Love, Reign o'er me
Love, Reign o'er me, rain on me

Only love
Can bring the rain
That makes you yearn to the sky
Only love
Can bring the rain
That falls like tears from on high

Love Reign O'er me

On the dry and dusty road
The nights we spend apart alone
I need to get back home to cool cool rain
I can't sleep and I lay and I think
The night is hot and black as ink
Oh God, I need a drink of cool cool rain



Apenas o amor
Pode fazer chover
Do modo que a praia é beijada pelo mar
Apenas o amor
Pode fazer chover
Como a transpiração dos amantes
Posto nos campos.

Amor, reine sobre mim
Amor, reine sobre mim, chova sobre mim

Apenas o amor
Pode trazer a chuva
Que faz você desejar o céu
Apenas o amor
Pode trazer a chuva
Que cai como lágrimas lá do alto

Amor, reine sobre mim

Na árida e empoeirada estrada
As noites que passamos sós
Eu preciso voltar para casa, para a fresca fresca chuva
Não sou capaz de dormir então me deito e penso
A noite é quente e negra como tinta
Ó Deus, eu preciso de uma dose da fresca fresca chuva

Blade Runner

Tenho uma ligação com cinema muito forte e que vem desde os tempos do “cacaca”. Não sei qual a razão, mas esse era o nome das sessões que o “seu” Vicente fazia na sua casa da Santos Dumont, no salão que havia em cima da garagem. Não sei como ele conseguia, mas eram legítimas cópias que iriam passar no Cine Uberlândia e que nós, meninos empolgados, viam em primeira mão.
Muitos anos depois, já na faculdade, havia uma sessão de cinema de arte no Cine Windsor, às quartas-feiras, na segunda sessão. Eu não perdia nenhuma. Herzog, Bergman, Wenders, Fellini eram alguns dos diretores que aquele punhado de universitários com cabelos longos, barbas por fazer, sacolas de lona a tiracolo saboreavam. Muitas vezes saí daquele cinema ― onde hoje é uma casa noturna, em frente ao London ― sem entender nada do que tinha visto. Mas foi ali que tive a oportunidade de conhecer diretores que nunca conheceria nos cinemas ditos normais. Só ali pude assistir Dersu Uzala ou Kagemusha, do Kurosawa e conhecer essa outra forma de cinema que nunca tinha visto. Só ali pude assistir, ilegalmente, pois era proibido na época, O Último Tango em Paris, do Bertolucci, com a cena da manteiga e tudo...
Nunca deixei de ir ver os filmes ditos mainstream, feitos por Hollywood, com massas monumentais de dólares e atores da hora. Vi de tudo e muito. Mas um dos filmes que mais vezes assisti foi Blade Runner. E com várias versões, como a versão do diretor, uma estendida e aí a fora. Parei de contar na décima quinta vez. E em cada uma delas, ia captando um novo detalhe não percebido antes. Não sei o que me fez ter tanta disposição pra isso. Talvez a música do Vangelis tenha ajudado. Talvez a mão originada da publicidade do Ridley Scott. Talvez os olhos ternos da Sean Young. Ou talvez, pode também ter sido algo inserido na história ― entre tantas outras coisas ― que mostra a possibilidade de construirmos, através de andróides, as nossas expectativas que nutrimos e esperamos perceber nas pessoas.
Vangelis fez uma ligação musical perfeita ao tema visual do filme, absolutamente inovador e rebuscado pelo ano de 1982 e essa música tema, que é um tema de amor, muitas vezes foi chamada por muitos de “música de motel”. Talvez seja. Love theme. Música de amor.




quinta-feira, setembro 03, 2009

terça-feira, setembro 01, 2009