NO MUNDO DOS BLOGS. Todo mundo está se ligando, se conectando, se blogando. Os sinais de fumaça, os tambores, os pombos-correio, as cartas de papel, os telefonemas. Os blogs. Para começar, para ver como é que fica, vamos falar de tudo...
domingo, junho 29, 2008
Prosas curtas sobre separações – 8
quinta-feira, junho 26, 2008
Antônio e João. Pedro e Paulo
Então agora, coloco aqui um poeminha para a época. Pra relembrar festas juninas gostosas. Pra relembrar aquelas na Dona Jorgina, tia do Júnior. Fogueira imensa (na verdade, a gente é que era pequeno), mesas fartas, bombinhas ensurdecedoras, santos no pau.
Brilho
Pepita
Faísca
Sputinik
Balão
Estrela
Espelho
Fósforo
Lampião
Lamparina
Pisca-pisca
Bola de gude
Luz de avião
Olho de gato
Vagalume
Espanta-brotinho
Traque de São João
segunda-feira, junho 23, 2008
Portuguesas - 3
Os silêncios
Não entendo os silêncios
que tu fazes
nem aquilo que espreitas
só comigo
Se escondes a imagem
e a palavra
e adivinhas aquilo
que não digo
Se te calas
eu oiço e eu invento
Se tu foges
eu sei não te persigo
Estendo-te as mãos
dou-te a minha alma
e continuo a querer
ficar contigo
Maria Teresa Horta
sábado, junho 21, 2008
Portuguesas - 2
Em posts futuros eu falo mais sobre Florbela Espanca. Talvez uma pequena biografia, algumas coisas sobre a vida tão doída dela. De como ela viveu de uma maneira tão profunda. Pra começar com ela, um poema que muitos de vocês conhecem na forma de música.
Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !
Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."
Florbela Espanca
domingo, junho 15, 2008
Portuguesas
Maria Teresa Horta é uma poeta da Terrinha portuguesa, assim como Florbela Espanca. Esta sempre sangüínea, intensa, se percebe o quanto mergulhava em suas paixões. Mergulhava tão profundamente que resolveu um dia não mais subir à tona. Maria Teresa é mais suave, mas não menos intensa.
Vou publicar alguns poemas das duas portuguesas para quem quiser utilizar deles como espelho. Se isso acontecer, terá valido a pena a publicação.
Morrer de amor
Morrer de amor
ao pé da tua boca
Desfalecer
à pele
do sorriso
Sufocar
de prazer
com o teu corpo
Trocar tudo por ti
se for preciso
Maria Teresa Horta
segunda-feira, junho 09, 2008
Um anjo chamado Sílvia
Eu ainda nem sabia ler e ia na casa do “Seu” Rosa ver gibi. Na época, Mickey Mouse, Pateta, Pato Donald e Tio Patinhas eram o centro das atenções da molecada. O tempo passou e aprendi a ler e continuei indo lá. Já entrava, falava “oi” para a Dona Nica, me sentava num sofá e fazia as minhas leituras. Quando terminava, deixava os gibis no lugar e ia embora. A Sílvia sempre estava lá com aquele sorriso imenso. Quem a conheceu vai se lembrar dele. Ela tinha a idade da minha irmã, mas conversávamos sem as fronteiras típicas de idade. O tempo passou, a Sílvia deve ter feito algum curso de cabeleireira e passou a cortar os meus cabelos numa determinada época. Não me lembro se eu a pagava, pois já tinha o meu dinheiro, ganho nas minhas ralações precoces. O tempo passou de novo. Eu não morava mais na Princesa Isabel e fui me afastando daqueles ares que povoavam as esquinas das ruas Goiás, Santos Dumont e Olegário Maciel. Acabei vendo a Sílvia apenas eventualmente. Mas nunca esqueci o seu sorriso. Um sorriso que só os anjos têm. Hoje a Sílvia foi embora. Não verei mais aquele sorriso. Talvez, como um anjo, ela venha a iluminar nosso caminho com a alegria de sua voz e a amplidão de seu sorriso. Nunca me esquecerei do sorriso da Sílvia.
domingo, junho 01, 2008
The Republic Tigers
Nesse blog tenho colocado alguma coisa de música. Vez ou outra adiciono um post com coisas diferentes. Também tem as coisas não muito diferentes, mas que são deliciosas. Mas quando me deparei com a música desses caras do Kansas vi (e ouvi) os dois adjetivos. Uma música talvez não muito diferente para alguns ouvidos e nem tão deliciosa para outros. Tem algo de folk, algo contemporâneo e ao mesmo tempo exala lembranças não vividas dos anos sessenta. Experimente aí.