sábado, junho 21, 2008

Portuguesas - 2

Em posts futuros eu falo mais sobre Florbela Espanca. Talvez uma pequena biografia, algumas coisas sobre a vida tão doída dela. De como ela viveu de uma maneira tão profunda. Pra começar com ela, um poema que muitos de vocês conhecem na forma de música.


Fanatismo


Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida

Meus olhos andam cegos de te ver !

Não és sequer a razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida !


Não vejo nada assim enlouquecida ...

Passo no mundo, meu Amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida !


"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim !


E, olhos postos em ti, digo de rastros :

"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."


Florbela Espanca



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