sábado, abril 07, 2007

Celeste

Dias passam em seqüência

Sem que o Sol se canse

Na sua clara essência

De buscar a sua chance


E a Lua no céu clareia

Seu próprio caminho no chão

Pr’aquilo que ela anseia


E se olham e se buscam

E se ligam e se tocam

Giram em elipses

Clamam por eclipses

Um quantum de luz

Mais que seduz

Explode em paixão

À palma da mão


E no amanhecer e no poente

Se vêem distantes

E a Lua sabe o que o Sol sente

Em todos os instantes


E o Sol no céu sozinho

Conduz seu próprio corpo

Pr’aquele que é seu caminho


Noite e dia, dia pós noite

Lua e Sol em comunhão

Separados por um açoite

Mas juntos, num só coração

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