sábado, setembro 11, 2010

Celeste

Dias passam em sequência
Sem que o Sol se canse
Na sua clara essência
De buscar a sua chance

E a Lua no céu clareia
Seu próprio caminho no chão
Pr’aquilo que ela anseia

E se olham e se buscam
E se ligam e se tocam
Giram em elipses
Clamam por eclipses
Um quantum de luz
Mais que seduz
Explode em paixão
À palma da mão

E no amanhecer e no poente
Se vêem distantes
E a Lua sabe o que o Sol sente
Em todos os instantes

E o Sol no céu sozinho
Conduz seu próprio corpo
Pr’aquele que é seu caminho

Noite e dia, dia pós noite
Lua e Sol em comunhão
Separados por um açoite
Mas juntos, num só coração

Nenhum comentário: